Wildling foi realizado por Fritz Böhm, e bem que podia ser daquelas histórias que nos contam à volta da fogueira, de criaturas peludas com dentes e unhas afiados, que se escondem nas sombras, e que tiram prazer da morte.
“His teeth are sharp, and so are his nails… He ate all the other children.
You’re the last one left.”
Mas Wildling tenta ir além disso, e mostrar-nos o outro lado do véu, ao contar a história de Anna (Bel Powley), que foi sequestrada pelo “Daddy” (Brad Dourif), que a manteve fechada num quarto até à sua adolescência, contando-lhe as tais histórias de uma criatura selvagem que matou todas as criancinhas, e que ela foi a única que sobreviveu, daí a ter que estar fechada. Até que é encontrada por Ellen (Liv Tyler), uma simpática xerife, que se oferece para cuidar dela.
Bel Powley retrata a inocência, e ao mesmo tempo ferocidade de Anna, sendo sem dúvida, a chama deste filme, que se perde em fantasias.
Enquanto Anna, que para além da transição de um quarto para uma sociedade, ainda tem que enfrentar a sua louca puberdade, com os típicos romances de adolescente, festas e álcool, e problemas com os colegas da escola.
Em Wildling, o monstro assume várias caras, desde o “Daddy”, à própria Anna, à da sociedade que tem que destruir tudo que seja diferente.
Wildling não é um filme muito lógico, é um filme de monstros, que apenas ouvem a sua natureza, e assustador o suficiente para nos deixar a espreitar por entre as árvores.
De 0 a 10, recebe um 7.