Maria João Silva“Tudo começa bem quando acaba mal” é a frase perfeita para descrever a nova temporada da aclamada série da Netflix, Orange Is The New Black.
Após o final conturbado da última temporada, as expectativas estavam voltadas para o futuro das personagens (que tanto amamos). Se por um lado, personagens como Piper, Alex, Red, Nicky e Morello continuam a ser as figuras centrais da série, e especialmente da nova temporada, existem outras que não aparecem de todo na nova temporada e ainda, as que aparecem sem qualquer tipo de justificação ou motivo.
Na sexta temporada de Orange Is The New Black as associações à atual ideologia dos Estados Unidos da América e respetivo governo são constantes e frequentemente alvo de duras críticas, principalmente no episódio final da temporada.
A nova linhagem de Orange Is The New Black conta com 13 episódios. Se ao início, a temporada promete ser a melhor de toda a série, à medida que esta se desenvolve, cai na estagnação onde nada parece surpreender. Apesar das mudanças radicais na prisão de Litchfield, existem ainda aspetos que parecem não deixar de assombrar algumas das personagens de série da Netflix.
Injustiça (em relações e relativamente ao sistema judicial), mentira, traição, violência, racismo e drogas são alguns dos temas que são abordados nesta temporada que conta com muito menos sexo do que as anteriores (não que isso seja indespensável, mas foi algo que nos fomos apercebendo ao longo da temporada).
Orange Is the New Black é uma série de televisão americana desenvolvida por Jenji Kohan, Sara Hess e Tara Herrmann para a Netflix. A série tem por base a obra Orange Is the New Black: My Year in a Women’s Prison (2010) de Piper Kerman que partilhou neste livro as suas experiências na FCI Danbury, uma prisão de segurança mínima. A série foi lançada em 11 de julho de 2013. Recentemente, a Netflix renovou a série para uma sexta e sétima temporada.
Na sexta temporada de Orange Is The New Black, personagens que muitas vezes associadas à maldade começam a praticar boas ações e vice-versa. Agora, ao viverem numa prisão de segurança máxima, as personagens vêem-se obrigadas a adotar novos comportamentos e ações que assegurem a sua sobrevivência. Alguns dos laços – que pareciam inquebráveis – desaparecem, dando lugar a sentimentos como o ódio e a vingança. Algumas das personagem esquecem por completo aquele que foi, desde o início da série, o seu principal objetivo: sair da prisão o mais depressa possível, participando em atividades que provavelmente colocarão o seu futuro e liberdade em causa. Em Orange Is The New Black surgem novos romances – completamente inesperádos – novos medos, receios e injustiças que dão um novo rumo às personagens.
Alguns dos guardas mudam também a sua personalidade, grande parte provocada pelo stress pós-traumático provocado pela violência de que foram alvo na quinta temporada da série televisiva, iniciando assim comportamentos agressivos e auto-destrutivos, mas que não os impede de continuar a ter uma visão errada da prisão e daquilo que ela simboliza.
Na nova prisão, as divisões por raças e etnias deixam de existir, desenvolvendo uma nova divisão mais agressiva e obsessiva à que estamos habituados.
Na nova temporada, o amor entre as personagens principais Piper Chapman e Alex Vause é fortalecido, mas será que consegue resistir a uma grande mudança áquilo que estava planeado para o futuro?