Como já devem saber por terem lido as primeiras impressões, Daredevil é dos lançamentos da Netflix de que mais esperava para este ano de 2018. E posso dizer, com toda a confiança que não desiludiu (principalmente tendo em conta a nova onda de baixa de qualidade das séries da Netflix).
Daredevil sempre foi um herói muito diferente em relação ao que nos é presenteado pela Marvel. Ele é um herói que tem mais consciência que força, e é isso que o torna tão especial. Isso foi muito explorado nesta temporada, através da sua relação com Deus (que é uma atitude de louvar, assumir a religião de uma personagem, especialmente nos dias de hoje), que já tinha sido vista em temporadas anteriores, mas é uma componente mais forte nesta nova temporada.
E Deus vai ser muito importante, porque através da irmã Maggie (protagonizada por Joanne Whalley, uma das novas personagens) vai ser ele que vai dar força ao Devil de Hell’s Kitchen ferido mais psicologicamente que fisicamente, que vemos no ínicio da temporada.gie (protagonizada por Joanne Whalley, uma das novas personagens) vai ser ele que vai dar força ao Devil de Hell’s Kitchen ferido mais psicologicamente que fisicamente, que vemos no ínicio da temporada.
Esta temporada temos também uma espécie de história paralela, em que a estrela é uma personagem (também nova), chamada Ray Nadeem (Jay Ali), um agente do FBI, que está empenhado em obter informações sobre o Rei do crime, Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio), e que para isso faz um acordo com ele.
Wilson Fisk foi desde o início dos pontos mais fortes da série, mas a série tem vindo numa espécie de crescendo, ao vermos as personagens tornarem-se cada vez mais perto do seu material de origem. Esta temporada foi nele que vi mais isso. As outras temporadas mostravam um senhor do crime que era frio e poderoso, mas esta temporada mostra alguém que finalmente percebe que para se destruir alguém como Daredevil temos que o destruir pelos olhos da opinião pública. Para além de existir um aumento gigante na brutalidade das ações dele, adorei também o facto de ele agora andar sempre de fato branco, tal como material de origem. Isso mostra que quem escreve sabe que existem fãs a sério a ver, e nós como fãs agradecemos. Tal como disse nas minhas primeiras impressões, existe um novo vilão presente, o agente Ben Pointdexter (Wilson Bethel), que mostra os inícios de uma personagem que é dos maiores inimigos de Daredevil na banda desenhada, o Mercenário.
A voltar aos seus papéis temos Deborah Ann Woll, como Karen Page e Elden Helson como Foggy Nelson, que nesta temporada tem um papel um pouco mais pequeno, mas ainda assim, importante.
Esta temporada foi a melhor temporada de Daredevil que vimos até agora, por ser a brutal, por ser a mais fria, por ser a mais violenta, tudo isto por ser fiel ao material de origem (nota-se bem a influência de Frank Miller). Netflix, põe os olhos onde deves, e não onde não deves (estou a olhar para ti Iron Fist – Temporada 1).
A terceira temporada de Daredevil já está disponível na Netflix.